terça-feira, 17 de julho de 2012

Judas


Polícia ouve guarda que fez o resgate de ator que sofreu enforcamento

 

 

Até o momento, quatro pessoas já prestaram depoimentos.
Os depoimentos serão anexados ao inquérito que investiga o acidente.

 

Do G1 Itapetininga e Região



O guarda municipal que prestou os primeiros socorros ao ator Tiago Klimeck, 27 anos, durante a encenação teatral da Paixão de Cristo, prestou depoimento nesta segunda-feira (16), em Itararé (SP), sobre o acidente que provocou o enforcamento acidental durante a peça.

De acordo com o delegado da Polícia Civil, José Victor Bacetti, que investiga o acidente, o guarda municipal teria participado do resgate e encaminhado o ator até o hospital. No depoimento, o guarda contou que quando foi percebido que Tiago estava desacordado, foi providenciada uma faca para soltar as cordas que mantinha o ator suspenso. “O guarda contou que ajudou a cortar a corda e, em seguida, ele foi levado ao hospital’, afirma.

Na última quinta-feira (12), o comandante do Corpo de Bombeiros de Itararé, Eduardo Seiji Waricoda, já havia sido ouvido. Ele foi chamado para falar sobre o empréstimo de um equipamento de segurança ao ator. Outros integrantes do grupo teatral também prestaram depoimentos. Nesta terça-feira (17), novas testemunhas serão convocadas.

Divulgado laudo sobre enforcamento do ator que interpretava Judas

A perícia apontou que o cordão do figurino provocou o enforcamento”

16/04/2012 19h11 - Atualizado em 18/04/2012 21h17

Fonte: Metro1 e G1



Foto: Sandro Azevedo/ Virtual Guia



Perícia em peças usadas por ator.

 

 

 




Foi divulgado na quinta-feira (10), pelo delegado José Victor Bacetti, de Itararé (SP), o laudo da pericia feita no figurino e no equipamento de segurança usado pelo ator que interpretava Judas e sofreu enforcamento acidental, Tiago Klimeck, 27 anos.

O documento aponta que o sufocamento foi provocado pelo cordão da roupa usada pelo jovem. A hipótese do acidente com o cordão já era apontada por Bacetti antes mesmo da conclusão dessa análise especializada.

A perícia foi realizada no Instituto de Criminalística em Sorocaba (SP). O material foi analisado por dois peritos. Além disso, em 17 de abril, uma médica legista esteve na Santa Casa de Itapeva (SP), onde o rapaz ficou internado em coma profundo. No exame, a especialista havia identificado que o hematoma no pescoço da vítima era compatível com o cordão.
Com o fim dos exames periciais, o inquérito deverá ser concluído nos próximos dias.”

Como foi descrito nas reportagens acima da TV TEM, do grupo Globo, e publicado pelo portal G1, também pertencente ao mesmo grupo, sobre as investigações acerca do incidente ocorrido com o ator que interpretou Judas Iscariotes, na Sexta- Feira Santa, e que mais tarde virou um acidente lamentável, cabe aí alguns esclarecimentos. Sobre este e o outro acidente ocorrido com os atores globais numa peça teatral, será que neste caso os atores da peça em questão foram treinados e capacitados, segundo o que preconiza as normas regulamentadoras do MTE, quanto ao uso do cabo de aço, ou dos cabos de poliamidas ou polipropilenos?

 

18.16.5 Os cabos de fibra sintética utilizados para sustentação de cadeira suspensa ou como cabo-guia para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo pára-quedista, deverá ser dotado de alerta visual amarelo. (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002).
Como pode ser visto acima, neste parágrafo a norma preconiza que no caso do uso desse tipo de equipamento acima mostrado na foto deve ser adotado o que está transcrito, pois isto é lei, mas, será que estes procedimentos foram cumpridos neste caso?

 

18.16.6 Os cabos de fibra sintética deverão atender as especificações constantes do Anexo I - Especificações de Segurança para Cabos de Fibra Sintética, desta NR. (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002).
Anexo I - Especificações de Segurança para Cabos de Fibra Sintética (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002).
1. O Cabo de fibra sintética utilizado nas condições previstas do subitem 18.16.5 deverá atender as especificações previstas a seguir:
a) deve ser constituído em trançado triplo e alma central.
b) Trançado externo em multifilamento de poliamida.
c) Trançado intermediário e o alerta visual de cor amarela em multifilamento de polipropileno ou poliamida na cor amarela com o mínimo de 50% de identificação, não podendo ultrapassar 10%(dez por cento) da densidade linear.
d) Trançado interno em multifilamento de poliamida.
e) Alma central torcida em multifilamento de poliamida.
f) Construção dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou 36 fusos.
g) Número de referência: 12 (diâmetro nominal em mm.).
h) Densidade linear 95 + 5 KTEX (igual a 95 + 5 g/m). i) Carga de ruptura mínima 20 KN.
j) Carga de ruptura mínima de segurança sem o trançado externo 15 KN.

 

Além disso, o anexo I, desta norma diz respeito, de como tem que ser o procedimento quanto às especificações de segurança destes cabos e dos cabos de fibras sintéticas, e cabe de novo uma pergunta: tais procedimentos foram tomados neste episódio lamentável do jeito que esta preconizada na norma?


Não é obrigatório sei que vão dizer isso os profissionais das artes saberem de tais procedimentos para a segurança no exercício de sua atividade laboral, mais eu particularmente discordo disso, pois o mais importante é a vida, pois esta não pode ser mensurada, e estas normas estão ai para serem seguidas na integra e não só pelos profissionais de atividades laborais braçais, mais também por estes profissionais, pois nós o grande público ficamos sabendo destes dois episódios, um de atores profissionais que penso eu devem ser profundo conhecedores destes procedimentos e este de um profissional tido como ator amador , mais que também deve ter conhecimento sobre o assunto.


Não é só nesta norma que estão preconizados tais procedimentos, em outras NRs do MTE, bem como as NBRs da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) também. E como foi dito pela reportagem o comandante do corpo de bombeiros foi ouvido pelo delegado que presidiu o inquérito policial e investigou o episódio ocorrido com o ator, juntamente com o órgão supracitado que tem treinamento sobre o uso deste equipamento e todos os acessórios que devem ser acoplados ao mesmo, tais como, o talabarte, que é uma fita de poliéster amarrada entre o local onde o profissional está exercendo sua atividade laboral e ao cinturão tipo pára-quedista, o trava-quedas que deve ser acoplado ao talabarte e ao cinto tipo pára-quedista. 

 
Os atores sendo profissionais ou “amadores” como foi citado na reportagem, como estes que fazem essas peças teatrais de rua devem ser capacitados e qualificados quanto ao uso destes equipamentos.

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