“Polícia ouve guarda que fez o resgate de ator que sofreu enforcamento
Até o momento, quatro
pessoas já prestaram depoimentos.
Os depoimentos serão
anexados ao inquérito que investiga o acidente.
Do
G1 Itapetininga e Região
O
guarda municipal que prestou os primeiros socorros ao ator Tiago
Klimeck, 27 anos, durante a encenação teatral da Paixão
de Cristo, prestou depoimento nesta segunda-feira (16),
em Itararé (SP),
sobre o acidente que provocou o enforcamento acidental durante a
peça.
De
acordo com o delegado da Polícia Civil, José Victor
Bacetti, que investiga o acidente, o guarda municipal teria
participado do resgate e encaminhado o ator até o hospital. No
depoimento, o guarda contou que quando foi percebido que Tiago estava
desacordado, foi providenciada uma faca para soltar as cordas que
mantinha o ator suspenso. “O guarda contou que ajudou a cortar a
corda e, em seguida, ele foi levado ao hospital’, afirma.
Na
última quinta-feira (12), o comandante do Corpo de Bombeiros
de Itararé, Eduardo Seiji Waricoda, já havia sido
ouvido. Ele foi chamado para falar sobre o empréstimo de um
equipamento de segurança ao ator. Outros integrantes do grupo
teatral também prestaram depoimentos. Nesta terça-feira
(17), novas testemunhas serão convocadas.
Divulgado laudo sobre enforcamento do ator que interpretava Judas
A perícia apontou que o cordão do figurino provocou o enforcamento”
16/04/2012
19h11 -
Atualizado em 18/04/2012
21h17
Fonte:
Metro1 e G1
Foto: Sandro
Azevedo/ Virtual Guia
Perícia em peças usadas por ator.
“Foi
divulgado na quinta-feira (10), pelo delegado José Victor
Bacetti, de Itararé (SP), o laudo da pericia feita no figurino
e no equipamento de segurança usado pelo ator que interpretava
Judas e sofreu enforcamento acidental, Tiago Klimeck, 27 anos.
O
documento aponta que o sufocamento foi provocado pelo cordão
da roupa usada pelo jovem. A hipótese do acidente com o cordão
já era apontada por Bacetti antes mesmo da conclusão
dessa análise especializada.
A
perícia foi realizada no Instituto de Criminalística em
Sorocaba (SP). O material foi analisado por dois peritos. Além
disso, em 17 de abril, uma médica legista esteve na Santa Casa
de Itapeva (SP), onde o rapaz ficou internado em coma profundo. No
exame, a especialista havia identificado que o hematoma no pescoço
da vítima era compatível com o cordão.
Com
o fim dos exames periciais, o inquérito deverá ser
concluído nos próximos dias.”
Como
foi descrito nas reportagens acima da TV
TEM, do grupo Globo,
e publicado pelo portal G1,
também pertencente ao mesmo grupo, sobre as investigações
acerca do incidente ocorrido com o ator que interpretou Judas
Iscariotes, na Sexta- Feira Santa, e que mais tarde virou um acidente
lamentável, cabe aí alguns esclarecimentos. Sobre este
e o outro acidente ocorrido com os atores globais numa peça
teatral, será que neste caso os atores da peça em
questão foram treinados e capacitados, segundo o que preconiza
as normas regulamentadoras do MTE, quanto ao uso do cabo de aço,
ou dos cabos de poliamidas ou polipropilenos?
18.16.5 Os cabos
de fibra sintética utilizados para sustentação
de cadeira suspensa ou como cabo-guia para fixação do
trava-quedas do cinto de segurança tipo pára-quedista,
deverá ser dotado de alerta visual amarelo. (Incluído
pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002).
Como
pode ser visto acima, neste parágrafo a norma preconiza que no
caso do uso desse tipo de equipamento acima mostrado na foto deve ser
adotado o que está transcrito, pois isto é lei, mas,
será que estes procedimentos foram cumpridos neste caso?
18.16.6 Os cabos
de fibra sintética deverão atender as especificações
constantes do Anexo I - Especificações de Segurança
para Cabos de Fibra Sintética, desta NR. (Incluído pela
Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002).
Anexo I -
Especificações de Segurança para Cabos de Fibra
Sintética (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9
de julho de 2002).
1. O Cabo de
fibra sintética utilizado nas condições
previstas do subitem 18.16.5 deverá atender as especificações
previstas a seguir:
a) deve ser
constituído em trançado triplo e alma central.
b) Trançado
externo em multifilamento de poliamida.
c) Trançado
intermediário e o alerta visual de cor amarela em
multifilamento de polipropileno ou poliamida na cor amarela com o
mínimo de 50% de identificação, não
podendo ultrapassar 10%(dez por cento) da densidade linear.
d) Trançado
interno em multifilamento de poliamida.
e) Alma central
torcida em multifilamento de poliamida.
f) Construção
dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou 36 fusos.
g) Número
de referência: 12 (diâmetro nominal em mm.).
h) Densidade
linear 95 + 5 KTEX (igual a 95 + 5 g/m). i) Carga de ruptura mínima
20 KN.
j) Carga de
ruptura mínima de segurança sem o trançado
externo 15 KN.
Além disso, o
anexo I, desta norma diz respeito, de como tem que ser o procedimento
quanto às especificações de segurança
destes cabos e dos cabos de fibras sintéticas, e cabe de novo
uma pergunta: tais procedimentos foram tomados neste episódio
lamentável do jeito que esta preconizada na norma?
Não é
obrigatório sei que vão dizer isso os profissionais das
artes saberem de tais procedimentos para a segurança no
exercício de sua atividade laboral, mais eu particularmente
discordo disso, pois o mais importante é a vida, pois esta não
pode ser mensurada, e estas normas estão ai para serem
seguidas na integra e não só pelos profissionais de
atividades laborais braçais, mais também por estes
profissionais, pois nós o grande público ficamos
sabendo destes dois episódios, um de atores profissionais que
penso eu devem ser profundo conhecedores destes procedimentos e este
de um profissional tido como ator amador , mais que também
deve ter conhecimento sobre o assunto.
Não é
só nesta norma que estão preconizados tais
procedimentos, em outras NRs do MTE, bem como as NBRs da ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) também. E como foi
dito pela reportagem o comandante do corpo de bombeiros foi ouvido
pelo delegado que presidiu o inquérito policial e investigou o
episódio ocorrido com o ator, juntamente com o órgão
supracitado que tem treinamento sobre o uso deste equipamento e todos
os acessórios que devem ser acoplados ao mesmo, tais como, o
talabarte, que é uma fita de poliéster amarrada entre o
local onde o profissional está exercendo sua atividade laboral
e ao cinturão tipo pára-quedista, o trava-quedas que
deve ser acoplado ao talabarte e ao cinto tipo pára-quedista.
Os atores sendo
profissionais ou “amadores” como foi citado na reportagem, como
estes que fazem essas peças teatrais de rua devem ser
capacitados e qualificados quanto ao uso destes equipamentos.
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