terça-feira, 10 de julho de 2012

Xanadu




Por Valeska Pires postado em 14/03/2012 às 15h43





Danielle Winits e Thiago Fragoso no musical "Xanadu" - Foto: AgNews


Inquérito sobre acidente durante o musical “Xanadu” - em que Thiago Fragoso fraturou cinco costelas e Danielle Winits machucou a boca - foi concluído pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Segundo a perícia houve falha técnica na instalação e checagem dos equipamentos.



Informações da coluna “Olá” do jornal “Agora S. Paulo” aponta que o dono da empresa de efeitos especiais responsável pelos cabos de aço da peça, Heitor Cavalheiro, e a funcionária que os instalou, Cora Cavalheiro Prazeres, foram indiciados por lesão corporal culposa – sem a intenção de matar. Os dois também podem receber pena de dois meses a um ano de prisão.”
* com informações da Agência Estado


Danielle Winits e Thiago Fragoso despencaram de cabos de aço que os sustentavam acima do público durante a peça

Portal R7 | 31/01/2012 às 12h24


As reportagens dos veículos de informações acima relacionados dizem respeito ao acidente ocorrido no dia 28 de Janeiro, a despeito disso vou tecer comentários sobre o treinamento, capacitação e qualificação de todos os profissionais envolvidos nesta ocorrência, veja bem, “todos” os profissionais envolvidos no transcorrer do fatídico evento, até por que o atores Danielle Winits, Tiago Fragoso e algumas pessoas que foram assistir à peça teatral foram acometidos deste acontecimento que poderia ter sido mais grave do que realmente foi. 

 
Ao procurar via internet alguma coisa sobre a empresa Set Cavaleira Fx, responsável pela instalação dos cabos de aços, ou como disse um de seus representantes legais, cabos modernos importados dos EUA de Poliamida que nada mais é do que um polímero, observei que a empresa tem qualificações, é bastante conceituada no ramo do entretenimento, entretanto pelo que procurei não consegui encontrar se a empresa tem em seu quadro de funcionários, Engenheiro do Trabalho ou até mesmo Técnico de Segurança do Trabalho. 

 

É importante salientar que até os profissionais citados acima teriam que estar além de habilitados como são, também capacitados e qualificados em montagem e desmontagem de estruturas metálicas e manutenção, manuseio, transporte e até mesmo dar alguns tipos de nós em cabo de aço ou de poliamidas ou polipropileno, como preconiza as NRs e (NBRs), NR 12, Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, NR18, Construções e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria Da Construção, NR 34, Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval e NR 35, Serviços em Altura.



Segundo um dos representantes da firma contratada para a realização da peça, que declarou à Agência Estado, em matéria reproduzida pelo portal UOL, “os cabos importados usados tinham autonomia de peso de 500kg cada, foram usados quatro cabos de aço, que davam uma autonomia de duas toneladas e que eram independentes entre si.”



A pergunta que se faz é a seguinte:
Foram feitos testes de peso dos atores envolvidos na peça teatral e mais dos apetrechos que usavam na peça, umidade do teatro, como foram acondicionados estes cabos antes do uso, como foi feito o transporte destes cabos até o local, e antes do uso foi feito teste de ruptura do cabo como preconiza as NRs?



Todos podem observar na foto retirada do Portal R7, da Rede Record que a atriz Danielle Winits está sentada em um cavalo cujo material não se sabe o peso, até por que li em todas as matérias feitas pelos veículos de informações que registraram o fato na época, a única coisa que foi dita de forma clara por esses veículos é que no teatro não havia profissional de engenharia, e que a entidade de classe destes profissionais o CREA, que é o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro cobrou explicações dos responsáveis pelo teatro. Nada havia sobre os profissionais responsáveis pela montagem do palco e do engenheiro responsável pelo teatro, na matéria que o portal UOL reproduziu da Agência Estado. Vale lembrar que o CREA é uma entidade classe que há em todas as unidades federativas, o que foi abordado tem relação com a unidade federativa do Rio de Janeiro.


Cabe também aqui uma pergunta aos profissionais envolvidos na peça, atores, autor e diretor, se sabiam que tais testes como foi dito acima haviam sido realizados e também se teriam sido feitos testes sobre a resistência dos cabos de aço e se foram treinados e capacitados para ficarem suspensos no ar com pesos adicionais? 

 
Se algum ator ou atriz no Brasil é treinado e capacitado quando fazem trabalhos desse tipo? Outra coisa que preciso salientar é que a empresa contratada, bem como, quem contratou são solidários pelo evento trágico ocorrido dia 28 de janeiro de 2012, pois, houve pessoas feridas além dos profissionais envolvidos.


Como constatou a pericia técnica houve falha técnica, e se houve esta falha por que o contratante não se adiantou antes do ocorrido e averiguou os contratados? E tendo feito isso, por que não rompeu o vínculo contratual e não iniciou uma pesquisa no mercado na busca por outra empresa para que realizasse o evento? Existem várias empresas qualificadas e capacitadas para realizar este tipo de evento com segurança, no Brasil afora e com profissionais habilitados, capacitados e qualificados nos seus quadros.


O INSTITUTO de Criminalística do Estado do Rio de Janeiro é conceituado e não ia constatar o que constatou se não realizasse investigações que aspirasse todas as possíveis dúvidas sobre o caso .


Como já disse, a firma contratada é excelente no entretenimento, como pude averiguar pela pesquisa, mas, não tem em seu quadro, profissional habilitado, capacitado e qualificado quanto ao uso do cabo de aço ou dos cabos feitos de polímeros, como poliamida ou polipropileno.


Aos interessados, maiores informações no endereço a seguir, confiram: http://mdemulher.abril.com.br/blogs/ta-rolando/ FAMOSOSNACIONAL.



Algumas curiosidades, conheçam a fórmula da poliamida:


Uma  polimerização  por  condensação  de um grupo  amina  e um  ácido carboxílico ou cloreto de acila. A reação tem como subproduto água ou ácido clorídrico.
Não sou o dono da verdade, mas, cada macaco no seu galho, como diz um Dito Popular!!!

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